Dinheiro para obras: é melhor reforçar a hipoteca ou crédito pessoal?

Resposta depende de cada caso. Explicamos tudo o que é preciso saber para optares pelo financiamento extra mais vantajoso para ti.
29 abr 2022 min de leitura

Queres fazer obras em casa e precisas de um financiamento extra? Então este artigo é para ti. Se estiveres a pagar o crédito habitação, há duas opções em cima da mesa: ou avanças com o reforço da hipoteca ou contratas um crédito pessoal. Mas qual destas opções é mais vantajosa? Não há uma resposta única para esta questão, pelo que o melhor mesmo é analisar cada uma ao detalhe. E neste artigo o idealista/news dá-te algumas dicas chave para tomares a decisão mais rentável.

Analisar taxas de juro dos créditos: quais são as mais baixas?

A primeira coisa que devemos ter em conta são os juros associados a ambos os créditos. E, regra geral, as taxas de juro associadas aos empréstimos da casa são menores do que as do crédito pessoal.

Por esse motivo, a priori, pode parecer mais vantajoso e económico optar pelo reforço da hipoteca em vez do empréstimo pessoal. Mas existem outros fatores que também pesam na equação e que podem mesmo encarecer ambos os empréstimos, pelo que é melhor analisá-los primeiro.

Com obter um financiamento extra
Foto de Andrea Piacquadio en Pexels

Quanto custa fazer um reforço da hipoteca?

reforço de hipoteca trata-se de novo empréstimo com a garantia de um imóvel que já está hipotecado a um banco. E esta nova operação sobre o imóvel não é grátis, tendo uma série de custos associados: geralmente, quando há um reforço da hipoteca, o novo empréstimo estará à mercê das condições atuais praticadas pelos bancos e das respetivas comissões para formalização do mesmo. Já no que diz respeito ao crédito pessoal a realidade é diferente. Desde logo, não haverá custos associados à gestão do empréstimo, pelo que as despesas são menores.

No entanto, o facto de haver uma série de despesas associadas ao reforço da hipoteca não significa que essa opção seja sempre a mais cara. "Tendo em conta que os juros do empréstimo pessoal costumam ser mais altos, dependendo de cada caso, pode ser mais barato pagar as despesas associadas ao reforço da hipoteca do que pagar os juros do crédito pessoal", explicam os especialistas do idealista/créditohabitação. Para tirar a prova dos nove, há que pôr mãos à obra e calcular os custos de ambos.

Valor do financiamento: um fator chave

Outro aspeto fundamental na hora de decidir se é melhor optar por reforçar a hipoteca ou contratar um crédito pessoal é o valor do financiamento necessário. Por exemplo, será diferente pedir 15.000 euros ou 25.000 euros para fazer uma reforma da casa e 2.000 ou 4.000 euros para fazer pequenas obras em casa, como trocar as janelas ou pintar.

Nesse sentido, deves ter em conta todos os pontos já referidos e ainda mais este fator: quanto mais dinheiro pedes emprestado, mais juros terás de pagar. Regra geral, se precisares de muito dinheiro, será mais vantajoso optar pelo reforço da hipoteca. Mas se precisares de pouco capital, pode ser mais interessante optar por um empréstimo pessoal.

Financiamento para obras em casa
Foto de Mikael Blomkvist en Pexels

Data de contratação do crédito habitação: há quanto tempo estás a pagar o empréstimo?

A data em que contratualizaste o crédito habitação também é um fator chave na decisão. Isto porque diz-te há quanto tempo estás a pagar a prestação da casa ao banco. E na hora de analisar se o reforço da hipoteca é ou não uma opção vantajosa deverás ter em conta estes dois cenários:

  • Se estas a pagar o crédito habitação há pouco tempo, significa que ainda há muito capital para amortizar, pelo que o valor da casa pode não comportar um reforço de hipoteca. Isto é, a casa pode não valer o suficiente para conseguires aumentar o financiamento;

  • Se estas a pagar o empréstimo da casa há muito tempo, quer dizer que tens pouco capital para amortizar, pelo que seguramente haverá margem no valor da casa para efetuar um reforço da hipoteca.

Portanto, no primeiro caso há que ter em conta que o reforço da hipoteca vai implicar o pagamento das despesas iniciais – como vimos acima – e há a possibilidade até de não conseguires fazê-lo se a tua casa não cobrir o financiamento, pelo que poderá ser mais interessante optar por um empréstimo pessoal. Já no segundo caso, quando há pouco capital a devolver do empréstimo da casa, poderá ser mais vantajoso optar pelo reforço da hipoteca em vez do crédito pessoal.  

Quanto custa fazer um reforço da hipoteca
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Avaliar o orçamento familiar e a taxa de esforço

Antes de tomares uma decisão, deves também avaliar a atual taxa de esforço e até que ponto o teu orçamento familiar consegue suportar uma prestação mensal mais alta, no caso do reforço da hipoteca, ou duas prestações em simultâneo, no caso de optares pelo crédito pessoal.

Isto porque se optares por contratar um empréstimo pessoal e já tens um crédito habitação quer dizer que terás de pagar duas prestações por mês durante o período de pagamento do crédito pessoal. E, em geral, envolve um desembolso mensal maior do que no caso do reforço da hipoteca, porque neste último o capital emprestado é devolvido em mais tempo.

Posto isto, há que responder a duas questões essenciais:

  • Vais conseguir assumir as duas prestações durante os meses de reembolso do empréstimo pessoal?
  • Como é que essa despesa extra vai impactar o teu orçamento familiar?

Nota que, regra geral, se o pagamento de dívidas representar uma taxa de esforço superior a 35% do rendimento mensal, significa que estamos súper endividados.

Contratar crédito pessoal
Foto de Monstera en Pexels

Qual é a opção de financiamento extra mais vantajosa?

Tendo em conta todos os fatores já referidos, a resposta é só uma: depende de cada caso. Optar pelo reforço da hipoteca pode ser a opção mais rentável para uns e menos para outros. Ao passo que para algumas famílias será melhor mesmo optar por um crédito pessoal em vez do reforço da hipoteca. Tudo vai depender do valor do financiamento pretendido, das despesas e juros associados, de há quanto tempo estamos a pagar o crédito habitação e do próprio orçamento familiar.

Então como posso tomar a decisão certa? Comparando e analisando as duas opções de financiamento extra. Devemos ter em consideração todas as variáveis ​​mencionadas, bem como as características específicas da tua situação pessoal e económica. Ao comparar os prós e os contras de ambas as possibilidades, bem como várias soluções de crédito pessoal e o teu crédito habitação, poderás tomar a decisão mais acertada para ti.

Fonte Idealista News

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