Bancos voltam a dar mais empréstimos para a compra de casa O valor concedido para crédito à habitação está a recuperar, depois de vários meses em queda por causa da pandemia. 03 set 2020 min de leitura Os empréstimos para a compra de casa em Portugal estão a ganhar novo fôlego, apesar dos efeitos colaterais da pandemia da Covid-19. Segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP), divulgados esta quarta-feira, 2 de setembro de 2020, em julho, a banca concedeu 931 milhões de euros de crédito à habitação, mais 98 milhões face a junho, mês em que a banca emprestou 833 milhões às famílias. Depois de vários meses a cair, também por causa do confinamento, o crédito à habitação voltou a recuperar a meio do ano, altura em que o país começou a regressar lenta e gradualmente à "normalidade". Apesar do visível abrandamento no período mais crítico da pandemia, os empréstimos para a compra de casa quebraram o contraciclo em junho, superando agora a fasquia dos 900 milhões, em julho. Ainda segundo o BdP, e no que diz respeito ao crédito ao consumo, foram concedidos 402 milhões de euros em financiamento, durante o mês de julho, um valor que está acima dos 318 milhões de euros emprestados em junho. Já nos empréstimos às famílias com outros fins, o valor concedido foi de 173 milhões de euros, neste caso 3,4% abaixo dos 179 milhões de junho. Em julho, a taxa de juro média dos novos empréstimos concedidos a sociedades não financeiras aumentou 26 pontos base face a junho para 1,99%. A taxa de juro das operações acima de um milhão de euros foi de 1,88% (1,59% em junho) e a das operações abaixo de um milhão de euros de 2,06% (1,83% em junho). Nas novas operações de empréstimos a particulares para habitação, a taxa de juro média desceu sete pontos base, para 1,09%. Já nos empréstimos ao consumo caiu para 6,54% e nos empréstimos para outros fins aumentou para 3,19% (em junho, estes valores foram de 6,67% e 2,79%, respetivamente). Euribor a 6 meses cai para o valor mais baixo de sempre A Euribor a seis meses atingiu esta quarta-feira, o valor mais baixo de sempre, de -0,451%, segundo uma notícia do Público. Já a Euribor a três meses manteve-se nos -0,478%, perto do valor mais baixo de sempre registado em março, de -0,489. A queda das taxas de juro é positiva para quem pede novos empréstimos, mas também para os empréstimos já em vigor, cuja taxa de juro é atualizada periodicamente, porque significa pagar uma prestação mais baixa. Mas não é positiva em termos de poupança acumulada, uma vez que afeta a rentabilidade dos depósitos a prazo dos particulares, visível na taxa média, que se manteve em 0,06% em julho, não se alterando face ao mês de junho, de acordo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). Por outro lado, e segundo escreve o jornal, a explicação para o agravamento do valor negativo não é boa, uma vez que se prende com a política monetária do Banco Central Europeu, que, em face de uma conjuntura económica negativa, tem reduzido as suas taxas diretoras (nos empréstimos a bancos e outras operações), e injetando dinheiro nos mercados. As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. Estão em terreno negativo desde 2015 e a expectativa dos analistas é que mantenham esta tendência nos próximos anos - pelo menos até 2026, tal como noticiou o idealista/news, em face da política de estímulos do BCE. Fonte: Idealista News Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado